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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ARTE CLÁSSICA (2) Arte Micênica


Sabemos muito pouco sobre o conjunto das cidades micênicas. Contudo, as construções empregaram técnicas e elementos minóicos, como as colunas e a decoração que segue o estilo cretense, mas o essencial era diferente.  
Mégaron
Era uma arquitetura hierarquizada, com nítidas ordenações axiais, em que tudo se subordinava a um edifício principal: o mégaron, sala do trono e de protocolo do soberano. As características do mégaron resumiam bem a personalidade da arquitetura micênica: uma dependência fechada, de planta retangular, precedida por um pórtico duplo, abrindo-se para um pátio que sublinhava sua monumentalidade e enfatizava a fachada; o cômodo principal do mégaron, que podia dispor de dois pavimentos, tinha uma lareira no centro, rodeada por quatro colunas que suportavam o teto.
Megaron de Pilos

Os traços distintivos da arquitetura palatina micênica tornam-se evidentes quando comparados aos dos palácios-santuários minóicos. Estes últimos são multidirecionais, abertos, amálgama de setores independentes; o palácio micênico, ao contrário, era unidirecional, fechado, com transcrição fiel da sociedade a que pertencia, regida pela forte autoridade sediada no mégaron, centro dos poderes político, militar e religioso.
A escultura micênica não chegou à altura das criações arquitetônicas. A criação mais notável são os grandes relevos com os leões que dã nome à porta principal de Micenas, solitário exemplo do desejo de dispor de uma escultura monumental colocada a serviço da arquitetura. 

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