O Período
Clássico é marcado pela guerra contra os persas e a consequente hegemonia de Atenas e o domínio Espartano, a partir de
404 a.C., após o fim da Guerra do Peloponeso.
Em termos
de política externa verifica-se a ascensão do Império Persa Aquemênida quando
Ciro II conquista o reino dos Medos. O Império Aquemênida prossegue uma
política expansionista e conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor.
Atenas e Erétria apoiam a revolta das cidades gregas contra o domínio persa,
mas este revela-se insuficiente já que os Jônios são derrotados: Mileto é
tomada e arrasada e muitos Jônios decidem fugir para as colônias do Ocidente. O
comportamento de Atenas irá gerar uma reação persa uma das causas das Guerras Persas (490-479 a.C).
Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças
persas de Dario I, que já tinham destruído Erétria. O encontro entre atenienses
e persas ocorre em Maratona, com a vitória dos primeiros, apesar de estarem em
desvantagem numérica.
Dario prepara a desforra, mas falece em 485 a.C,
deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que invadiu a Grécia em 480 a.C. Face a
invasão, os gregos decidem esquecer as diferenças entre si e estabelecem uma
aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido
atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar.
As forças espartanas lideradas pelo rei Leônidas I conseguem temporariamente
bloquear os persas na Batalha das Termópilas, o que não impede a invasão da Ática. O general
Temístocles optou por evacuar a população da Ática para Salamina e, sob seu
comando, Atenas vence os persas. Em 479 a.C. os gregos reafirmam a sua vitória na
Batalha de Platéias. A frota persa foge para o Mar Egeu, onde, em 478 a.C., é
vencida em Mícale.
Com o fim das Guerras Persas, e devido a sua
atuação decisiva no conflito, Atenas, sob a liderança do lendário Péricles,
torna-se uma cidade poderosa que passa a intervir nos assuntos do mundo grego.
Esparta e Atenas distanciam-se e tornam-se rivais, encabeçando cada um delas
uma aliança política e militar: Esparta a Liga do Peloponeso; Atenas a Liga de
Delos, composta essencialmente por estados marítimos que encontravam-se
próximos do Mar Egeu, que temiam uma nova investida persa. O centro
administrativo da liga era a ilha de Delos.
Como já foi dito, as décadas posteriores às
guerras greco-pérsicas
marcaram o apogeu político e cultural da pólis Ateniense. Além do estabelecimento de
um dos mais duradouros padrões de beleza artística, eles nos legaram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de Heródoto e Tucídides e um sistema político original, democracia (literalmente, "o poder do
povo"), talvez a maior de todas as contribuições.
Os interesses dos dois grupos logo entraram em
choque e os aliados de Esparta e os aliados de Atenas enfrentaram-se numa longa e desgastante guerra,
conhecida entre nós por Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.). A disputa, finalmente
vencida pelos espartanos, acarretou a perda de quase todo o poderio político e
financeiro que Atenas havia adquirido nos anos anteriores.
O século IV a. C. começou
com um curto período de hegemonia espartana, concomitante a um hesitante
renascimento ateniense, a que se seguiu um período igualmente curto de
hegemonia tebana. Atenas, porém, manteve sua importância cultural: esse foi o
século de Platão, Aristóteles e Demóstenes.
Quando as póleis se deram conta, a partir de 350 a.C., da
progressiva intromissão do rei Felipe II da Macedônia nos assuntos gregos, era
tarde demais: em 338
a.C. o exército macedônico pôs
fim à autonomia das póleis helênicas. Após a morte do rei, um ano
depois, seu filho Alexandre III ("o grande") subjugou o Egito, o
Oriente Médio e o Império Persa em menos de quinze anos, com um exército de
macedônios... e de gregos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário