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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ARTE ROMANA



ARTE ROMANA 



A arte romana se destacou entre os século VIII a.C. ao IV d.C., sendo fortemente influenciada pela cultura e pelas crenças gregas. Um exemplo disso é a própria mitologia romana, muito parecida com a mitologia grega.
De fato, a sociedade romana era muito cosmopolita e aberta, o que permitiu a incorporação de certos elementos gregos, como os estilos jônio, dórico e coríntio; e etruscos, como o arco e a abóbada. Entretanto, não podemos dizer em hipótese alguma que a arte romana foi uma mera cópia. Entre suas principais características, podemos citar a idéia de energia, força, realismo e grandeza material.
Sua maior expressão e significação histórica encontra-se na arquitetura marcada por edificações grandiosas, fundamentadas em bases circulares e no emprego de colunas e arcos falsos para efeito de decoração. Os aquedutos, as entradas e as muralhas ainda hoje são vistos no continente europeu, demonstrando a imponência que traduziu, através dos tempos, a grandeza do que foi a civilização romana.

Os romanos preocuparam-se com o caráter funcional e prático de sua arquitetura. Houve, por isso, uma combinação harmônica entre a beleza e a utilidade nas mais variadas edificações como: teatros, basílicas, templos religiosos, palácios, estradas e pontes que interligaram as mais diversas regiões do império, facilitando o trânsito de pessoas e o tráfego de mercadorias para outras regiões.

Para além deste edifício de carácter público, os romanos desenvolveram várias tipologias residenciais, como o palácio, a domus e a villa, que atingiram neste período um altíssimo nível de conforto.
A villa ou domus eram as residências dos altos funcionários e das famílias nobres do império. Derivadas da tipologia etrusca, estas habitações voltavam-se para o interior, organizando-se simetricamente em torno de um pátio e eram geralmente rematadas por um jardim murado. A mais notável villa construída no período romano foi o grande palácio de Adriano, em Tivoli, iniciado em 118 d. C. Em Portugal conservam-se alguns vestígios de villae romana, de entre os quais se destaca o conjunto de casas de Conímbriga.
Nas grandes cidade era frequente a existência de edifícios de habitação coletiva com comércio no piso térreo, chamados insulae.
De entre as grandes construções de engenharia erguidas pelos romanos destacam-se, pelo seu nível de desenvolvimento técnico, as pontes e os aquedutos, geralmente formados por vários níveis de arcadas, como se observa no aqueduto de Pont du Gard, construído próximo da cidade francesa de Nîmes.

Artes plásticas
A escultura romana partiu dos modelos gregos, infinitamente copiados e difundidos por todo o império, sendo geralmente utilizadas como ornamento de edifícios.Dois dos mais interessantes exemplos de associação da escultura com estruturas arquitetónicas são o Ara Pacis e as Colunas de Trajano. O altar Ara Pacis, erguido entre 13 a 9 a. C., para comemorar a pax romana de Augusto, apresentava planta quadrangular e era encerrado por paredes em mármore, revestidas por baixos-relevos que misturavam elementos ornamentais gregos com cenas figurativas.
As colunas historiadas, comemorativas de campanhas militares, erguidas em 113 d. C. no centro de Roma pelo imperador Trajano, eram integralmente revestidas por relevos historiados em espiral, formando um friso contínuo.Para além destas esculturas de caráter monumental, uma das mais originais criações romanas no campo da estatuária foi o retrato. Contrariando a perfeição ideal dos gregos ou a estilização dos egípcios, os retratos romanos procuravam maior naturalismo e individualização das personagens representadas através da identificação dos traços mais específicos do modelo. Durante o período imperial assistiu-se a uma maior idealização da representação, como o atesta o retrato de "Augusto de Prima Porta" (executado no século I a. C.).
Para além da pedra, os romanos desenvolveram alguns trabalhos em bronze, dos quais se destaca a notável estátua equestre do imperador Marco Aurélio em bronze dourado, erguida em Roma no Capitólio.
Em termos pictórico, os romanos desenvolveram trabalhos muito variados, baseados em duas técnicas fundamentais: a pintura mural e o mosaico.
As pinturas murais eram aplicadas sobre as paredes interiores dos edifícios (geralmente residências privadas) e apresentavam características como a procura de realismo, o desejo de representar a profundidade para dar ilusão de realidade, a associação de painéis figurativos com molduras, frisos e cornijas que simulavam estruturas arquitetônicas.
Os mosaicos, aplicados em pavimentos, podiam assumir caracteres abstratos ou figurativos, sendo frequente a integração de elementos figurativos com motivos geométricos. Embora denunciem certa preferência pelas naturezas mortas com animais ou vegetais, os artistas romanos representavam também episódios mitológicos. Os mosaicos da Casa do Repuxo, de Conímbriga constituem um dos mais significativos conjuntos de mosaicos conservados em território português.

ARTE HELÊNICA


O mundo helênico emergiu lentamente da profunda crise que provocou o desmoronamento da civilização micênica. A Grécia Antiga nunca foi constituída por um só Estado soberano. Neste aspecto diferia do Antigo Egito e do Império Romano. Durante a época em que criou uma das mais brilhantes civilizações conhecidas da humanidade, encontrava-se dividida numa série de pequenas cidades-estados. De qualquer forma existia uma identidade coletiva que se manifestava na língua, nos deuses adorados e num acontecimento especificamente grego, os Jogos Olímpicos. Foi também suficientemente forte e inspiradora para originar estilos artísticos que o mundo atualmente reconhece como inequivocamente gregos.

2.1. Arquitetura

Os edifícios gregos eram construídos por blocos horizontais sustentados por paredes e colunas. A designação vulgarmente usada para os descrever é a de construção de pilar e lintel. Não existiam praticamente curvas ou arcos, embora os gregos dominassem a técnica da construção de arco de pedra. Os edifícios mais importantes  foram os templos erguidos para acolher a estátua de um deus.
2.1.1. Período Arcaico
Em fins do século VIII, e sobretudo no séc. VII ªC., os templos foram adquirindo maior identidade, tanto pela melhoria dos materiais empregados como pelo aumento das dimensões. As formas arredondadas, tributárias das primeiras cabanas, foram dando lugar às plantas retangulares e a estrutura do mégaron micênico. O resultado foi um templo de planta muito larga, com suportes no eixo. Geralmente a construção era feita sobre alicerces de pedra, com paredes de adobe e estrutura de madeira. A pedra como componente estrutural importante, foi sendo incorporada pouco a pouco, acabando por se impor como o principal material de construção, mas o tradicionalismo, bastante explicável quando se trata de arquitetura religiosa, fez com que fossem traduzidas nela as formas das construções de madeira.
A partir do final do século VII, e, sobretudo no século VI ªC. proliferaram templos de pedra, o edifício de maior importância na arquitetura arcaica.
Estilos Arquitetônicos dos Templos Gregos - distinguiam-se mais claramente pelas variantes das colunas e dos capitéis e, em particular, pelas formas como os capitéis eram decorados.       As três ordens principais eram a dórica, a jônica e a coríntia.  A partir do aparecimento das ordens/colunas, definiu-se o tipo mais freqüente de templo: um  ambiente retangular para a imagem de culto (náos ou cela), com pórtico de entrada (prónaos) e, por vezes, uma estrutura similar posterior (opisthódomos), rodeado por uma colunata (perystilion), tudo sobre uma plataforma escalonada (krepidoma).
Coluna Dórica – de fuste canelado e capitel composto por um eqüino de perfil curvo e um ábaco prismático – alonga-se, recolhendo-se gradativamente a saliência do capitel o entasis, alargamento central do fuste, ocasionalmente bastante pronunciado, é geralmente muito suave, quase imperceptível, ou não existe.
Coluna Jônica - criação da Grécia oriental. Essa ordem apresenta maior esbelteza que a dórica. A coluna jônica tem base emoldurada, caneluras separadas no fuste e um capitel característico, composto por um eqüino, freqüentemente decorado com óvalos e dardos, envolto pelas típicas volutas e um pequeno ábaco.
Do final do período arcaico encontramos, ainda, as colunas com decoração escultórica – as cariátides, ou esculturas femininas com função de suporte. As cariátides e/ou atlantes corpos masculinos – são demonstração do gosto pela decoração, próprio da ordem jônica.
Colunas Gregas
A ordem coríntia era, em muitos aspectos, semelhante à jônica, encontrando-se a diferença principal no capitel, este muito mais ornamentado. Folhas de acanto rodeavam freqüentemente a parte inferior do capitel coroado por volutas simétricas. Por vezes, folhas de lótus ou de palmeira substituíam as volutas. Nos templos helenísticos o estilo coríntio alcançou forte popularidade.
As ordens gregas eram subordinadas a regras matemáticas estritamente aplicadas.
         
         


2.1.2. Período Clássico
Os templos atingiram o esplendor no século V ªC.. Nesse período adquiriram importância os edifícios destinados a satisfazer necessidades que antes se resolviam com construções rudimentares ou provisórias, entre as quais os teatros.
A partir do século IV empreende-se a construção de teatros de pedra, em cidades e santuários, que se tornaram parte essencial da paisagem urbana. Os principais elementos do teatro são: a arquibancada (theatron), estrutura escalonada para os espectadores, rodeando um espaço circular (orchestra), à frente do qual se acha, um pouco mais elevado, o palco (skene) para as  representações.

2.2. Escultura

Os materiais preferencialmente utilizados para as esculturas de maior porte eram o mármore e o bronze, embora também se empregassem pedras de qualidade inferior, madeira e terracota.
As estátuas gregas, como os edifícios, nasceram para venerar os deuses, os únicos a merecer tanto esforço.  Mas os deuses gregos foram concebidos à imagem e semelhança do homem, tinham forma humana.  Uma vez estabelecida esta premissa, resultou que nenhuma forma estilizada era satisfatória, mesmo que em si própria fosse agradável. Para ser satisfatória, uma estátua deveria ter um aspecto completamente humano, sem nenhum daqueles pequenos e inevitáveis defeitos que todo ser humano possui. Era necessário eliminar  tudo o que fosse individual, acessório, acidental: elevar-se das formas do homem à forma da humanidade.
O tema central da escultura grega foi a figura humana. Tomando o ser humano como centro de atenção, de reflexão filosófica e formal, pode-se afirmar que, na estátua do homem, de preferência nu e em pé, condensou-se o essencial da investigação escultórica. Ela foi a viga-mestra da plástica helênica.
2.2.1. Período Arcaico (c. 660-480 AC)
Durante o século VII AC, a influência egípcia foi intensa e a escultura teve semelhanças evidentes com as criadas no Egito durante séculos. O Arcaico foi um longo período de estudos, de experiências, para compreender e explorar os limites do material, para criar formas realistas partindo do bloco de mármore.
Primeiras formas masculinas foram os Kouros, isto é, jovens ou, como às vezes se diz, Apolo, uma figura de homem, de pé, nu, fixada no momento em que vai dar um passo em frente. Braços encostados no corpo, mãos fechadas ou junto ao corpo, ombros largos, cintura fina, ancas estreita. O cabelo dava a impressão de uma cabeleira e as orelhas e a rótula pareciam mais elementos decorativos do que partes integrantes do corpo.
 Com o Kouros passou-se às proporções corretas do corpo humano, embora numa atitude rígida. O ar helênico, em contraste com o protótipo egípcio, manifesta-se na nudez e na dispensa do suporte traseiro. Na anatomia, nos detalhes, continuou o gosto tradicional pela geometrização, pela abstração formal. A intenção de insuflar vida nas estátuas encontra apenas o recurso de animar os rostos com um "sorriso arcaico".
Durante a segunda metade do séc. VI, as oficinas áticas produziram uma multiplicidade de esculturas de donzelas – korai, koré - vestidas à moda jônica, com uma túnica fina (chiton) e um manto de tecido mais grosso (himation). A postura se repete por motivos religiosos: a jovem, com as pernas juntas ou uma delas ligeiramente adiantada, apresenta a oferenda com uma das mãos, enquanto prende o rodado da túnica com a outra, o que destaca a assimetria do pregueado e ajusta a roupagem.

As mudanças começaram a ocorrer por volta do século VI a. C. E uma das causas foi o estudo da  anatomia humana. Estudo que evoluiu, em grande, parte pelas oportunidades de observar o corpo masculino, tanto em repouso como em movimento, nos numerosos concursos atléticos.
As alterações se manifestaram nas orelhas, olhos e rótulas que começaram a ganhar vida. Os braços e as pernas tornaram-se extensões naturais do corpo. O cabelo deixou de parecer uma cabeleira.
As mudanças também são perceptíveis na representação da mulher. As roupas tornaram-se drapeadas, tornando compreensível o corpo em baixo do vestuário.
Apesar das mudanças ainda havia rigidez. Contudo, na  segunda metade do século VI a. C., pela primeira vez, um artista afastou-se das convenções. A prática estabelecia consistia em representar a perna esquerda ligeiramente avançada em relação à direita, com ambos os pés firmemente assentados no solo e o peso distribuído igualmente entre os dois. A mudança foi obter um equilíbrio mais natural colocando o peso sobre um dos pés o que requeria que o outro pé ficasse parcialmente levantado do solo e o eixo dos ombros e das ancas girasse ligeiramente – técnica do contrapposto.

2.2.2. Período Clássico (c.480-330a. C)

A estátua plenamente clássica surgiu no início do século V  quando os kouros ganhou mobilidade em oposição a rígida frontalidade. De um corpo rígido e estático passou-se ao corpo em repouso, com uma nova e virtual mobilidade. Esta foi a fórmula da estátua clássica por excelência.
Os escultores adquiriram maior liberdade pela utilização do processo de moldagem em bronze, praticado a partir do século V a. C. A libertação dos padrões dos kouros e a experiência acumulada na realização de grupos escultóricos – frontões dos templos etc. – deu asas às experimentações da estátua com movimento, na primeira época clássica. No século IV a. C. continuaram as variações mais ou menos originais, mas foi, sobretudo um período de busca de novos caminhos.

A Estátua Feminina

Valem para ela os aspectos básicos da evolução da estátua masculina: naturalismo progressivo, passagem da frontalidade à multiplicidade de pontos de vista etc.. Entretanto, a figura feminina tinha aspectos específicos como  a importância da vestimenta.
Durante o período arcaico as esculturas de donzelas – korai, koré – eram rígidas, a postura sempre igual: pernas juntas ou uma delas ligeiramente adiantada, roupa pregueada e justa.
Porém no primeiro classicismo os escultores mostraram a majestosa elegância que cabia imprimir a uma estátua de mulher, com as possibilidades oferecidas pelo estudo do vestuário.
Ao lado dessa tendência a ocultar o corpo debaixo de uma espessa roupagem, evoluía outra corrente da estatuária feminina enraizada nas korai de vestimenta jônica, que deixava aflorar a anatomia do corpo feminino sob os tênues véus que o cobriam. Na segunda metade do séc. V, Fídias e os mestres do Partenon colocaram em voga o chamado estilo dos panos molhados, que acentuava a transparência do vestido.
Tudo se encaminhava para um novo passo no século IV a. C: o aparecimento do nu feminino. A inovação ficou por conta de Praxíteles, que esculpiu, em mármore de Palos, uma Afrodite para seu templo do Cnido.

2.2.3. Período Helenístico (c.330-100 a. C)

A época helenística, aberta à multiplicidade de caminhos nas manifestações plásticas, desenvolveu e sintetizou todo o período anterior com uma produção riquíssima. Contínuas referências ao passado, inclusive o arcaico, conviveram com experiências radicalmente novas. Pode-se apreciar um amplo desenvolvimento da tendência à evolução circular das esculturas: figuras que giram ou se retorcem sobre si mesmas.
Na época, intensificou-se o interesse pelo nu feminino, muitas vezes reproduzindo-se os exemplos gregos, mas não desapareceu a estátua feminina vestida. No pregueado das roupas, freqüentemente muito pictórico, desde que se experimentaram os panos molhados, concentrou-se o esforço de sugerir textura ou transmitir sensações ou sentimentos – anseio, paixão, júbilo. Por outro lado, as estátuas femininas e masculinas mostraram o interesse pelo desenvolvimento circular da escultura, ou o enriquecimento  da temática tradicional, com a adição dos aspectos do realismo que insuflaram alma nova a muitas das criações helenísticas.

Síntese Estilística da Escultura Grega

A história da escultura grega começou com o estilo arcaico – meados do séc. VII -primeiros anos do séc. V ªC.  As formas inicialmente rígidas, aos pouco, adquiriram naturalidade, numa evolução evidente, mas lenta, numa produção carregada de significação religiosa. Uma das conseqüências disso foi à perduração dos tipos: o kouros, a koré.
A passagem para o que entendemos por escultura clássica ocorreu no início do século V. Uma de suas características foi a libertação das amarras e limitações do arcaísmo. Foi, em suma, um estilo/modo de fazer impulsionado por uma atitude mais livre por parte do artista, apoiado na sua maior capacidade para resolver problemas técnicos.
O primeiro classicismo pode ser denominado estilo severo marcado pela simplicidade ou severidade das formas. É um estilo sintético, ou seja, analisa a realidade para sintetizá-la nos elementos essenciais, elimina os detalhes. As partes do corpo aproximaram-se das formas geométricas, o gosto das formas delicadas e diáfanas fez com que as vestimentas dóricas fossem preferidas às jônicas, mais propensas ao detalhismo. O nu masculino também mantém  certa rigidez.
Nesse período acentuou-se o movimento, favorecido pelo domínio da fundição de bronze. Surgiu também a caracterização dos indivíduos e sua diferenciação de acordo com a idade, profissão etc.
São visíveis as mudanças ocorridas na segunda metade do séc. V -  estilo clássico pleno.  A figura humana era, então, perfeita em seu aparente naturalismo, com ênfase especial nas articulações e estruturas. As estátuas adquiriram ar solene, principalmente quando se tratava de imagens divinas.  Além disso, havia predileção por estátuas grandes.
Bastante característico foi o tratamento do vestuário. Acima de sua aparência natural, a roupagem é mais racional que realista, servindo para expressar o movimento ou para modelar a figura, tudo com evidente intenção decorativa, estilo dos panos molhados, que têm aparência pictórica.
Na época helenística a ênfase no realismo levou ao tratamento de novos temas, com formas também novas. Aparecem os corpos volumosos e musculosos, atitudes empoladas e teatrais, composições comprimidas e derramadas. 

 

demais manifestações Artísticas

A pintura mural ou em suportes móveis teve grande importância, mas se perdeu totalmente. Entretanto a pintura cerâmica, independente do seu valor, constitui um campo excepcionalmente rico da arte grega.
Período geométrico - cerâmica ocupou o posto de principal produto artístico. A decoração baseava-se num rico repertório de temas geométricos meticulosamente traçados, dando lugar a alguns motivos faunísticos, tratados com idênticas leis repetitivas e formais.
No século VII apareceu a cerâmica Ática de figuras pretas na qual os artistas inscreviam decoração miniaturalista  ao mesmo tempo em que se impunha uma nova decoração em quadros maiores, nas quais as figuras ganhavam imponência e expressividade.
No último quartel do século VI aparece a técnica das figuras vermelhas em que o fundo é coberto de preto, enquanto as figuras são mantidas na cor avermelhada do barro.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ARTE CLÁSSICA (2) Arte Micênica


Sabemos muito pouco sobre o conjunto das cidades micênicas. Contudo, as construções empregaram técnicas e elementos minóicos, como as colunas e a decoração que segue o estilo cretense, mas o essencial era diferente.  
Mégaron
Era uma arquitetura hierarquizada, com nítidas ordenações axiais, em que tudo se subordinava a um edifício principal: o mégaron, sala do trono e de protocolo do soberano. As características do mégaron resumiam bem a personalidade da arquitetura micênica: uma dependência fechada, de planta retangular, precedida por um pórtico duplo, abrindo-se para um pátio que sublinhava sua monumentalidade e enfatizava a fachada; o cômodo principal do mégaron, que podia dispor de dois pavimentos, tinha uma lareira no centro, rodeada por quatro colunas que suportavam o teto.
Megaron de Pilos

Os traços distintivos da arquitetura palatina micênica tornam-se evidentes quando comparados aos dos palácios-santuários minóicos. Estes últimos são multidirecionais, abertos, amálgama de setores independentes; o palácio micênico, ao contrário, era unidirecional, fechado, com transcrição fiel da sociedade a que pertencia, regida pela forte autoridade sediada no mégaron, centro dos poderes político, militar e religioso.
A escultura micênica não chegou à altura das criações arquitetônicas. A criação mais notável são os grandes relevos com os leões que dã nome à porta principal de Micenas, solitário exemplo do desejo de dispor de uma escultura monumental colocada a serviço da arquitetura. 

ARTE CLÁSSICA (1) Arte Cretense


1. período pré-helênico
Arte Minóica ou Cretense
A ilha de Creta, com uma situação geográfica privilegiada, foi cenário de uma cultura extraordinária estruturada sobre cidades que lembram o sistema da cidade-estado helênica, presumindo-se a supremacia de Cnossos em grande parte de sua história. O núcleo dos centros principais era constituído por palácios, a parte monumental e melhor  planejada.
Creta
O palácio minóico obedeceu a critérios de composição bastante estritos. Organizava-se de dentro para fora, a partir de um elemento aglutinante principal, um pátio retangular de dimensões quase canônicas (50mX25m), em torno do qual se dispunham os diferentes cômodos ou aposentos – áreas públicas e de residência, oficinas, armazéns etc. – com traçado independente. 
As fachadas voltadas para o pátio eram diferenciadas, de forma que não apresentava um aspecto uniforme, mas uma sucessão rítmica de organizações distintas, que expressavam a função específica de cada zona do edifício. Não havia preocupação com a fachada exterior.
Material: usava-se pedra, freqüentemente talhada em blocos regulares, madeira, entre outras razões por seu bom comportamento mecânico nos abalos sísmicos. Era de madeira o fuste da coluna minóica. Geralmente o fuste era liso e de adelgaçamento invertido em relação à coluna grega.
Palácio de Knossos

O colorido abundante que se aplicava aos elementos arquitetônicos constituía a essência do aspecto dos palácios – os fustes vermelhos, os capitéis azuis etc. – e da riquíssima decoração pictórica mural. As famosas pinturas de Cnossos transmitem uma sensação de vida tranqüila, animada pela bonança e pelo bem-estar espiritual e econômico; ao mesmo tempo, com seus temas naturalistas – plantas, pássaros, delfins de belos coloridos -, ressaltam a integração entre a arquitetura e o ambiente paisagístico.
A criatividade artística dos minóicos encontrou também um magnífico veículo de expressão nos objetos do uso cotidiano, particularmente os vasos de cerâmica. Trata-se do estilo Kamarés, que somente por sua rica variedade de formas deu amplo testemunho da qualidade de vida à época. Caracterizou-se pela cor preta que recobria todo o vaso servindo de fundo a uma rica decoração de temas abstratos, geométricos ou de motivos vegetais estilizados, com notória predileção pelos desenhos ondulados, espirais e outros temas que sugerem volteio ou movimento, tudo fundamentalmente em branco e vermelho. Nas fases finais do estilo de Kamarés, reconhecem-se algumas espécies vegetais ou peixes.
Cerâmica estilo Kamarés
Da estatuária minóica subsistem apenas restos. Os materiais utilizados eram pouco resistentes (madeira, argila, osso, marfim), de forma que a plástica cretense conhecida pertence ao campo das artes menores. 

CIVILIZAÇÃO ROMANA


INTRODUÇÃO
 De uma pequena cidade, Roma tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Deles herdamos uma série de características culturais: o direito, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.


ORIGENS DE ROMA - explicação mitológica
Rômulo e Remo
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo ele, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália, e resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.


ORIGENS DE ROMA: explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ).
Etruscos

Por volta do século VII a.C., os etruscos impuseram seu domínio aos italiotas, e a aldeia romana acabou-se por tornar uma cidade. Ao adquirir características de cidade, Roma iniciou um processo de organização político-social que resultou na Monarquia.
Política: as instituições romanas
Durante a monarquia, cidade foi governada por rei, senado e Assembléia Curial. O rei era juiz, chefe militar e religioso. No desempenho de usas funções, submetia-se a fiscalização da Assembléia Curial e do Senado.
São conhecidos sete reis romanos: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco (o Antigo), Sérvio Túlio e Tarquínio (o Soberbo). Provavelmente deve ter existidos outros reis porém não há comprovação histórica. Dos reis citados acima quatro eram italiotas e os três últimos eram etruscos.
O senado era um conselho formado por cidadãos idosos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (genos).As principais funções do Senado eram: propor novas leis e fiscalizar as ações dos reis.
A Assembléia Curial compunha-se de cidadãos agrupados em cúrias. Seus membros eram soldados em condições de servir o exército. A Assembléia tinha como principais funções: eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis, aclamar o rei.
Passagem para República
Apesar dos progressos que Roma vinha alcançando com a Monarquia, no reinado de Tarquínio as famílias romanas poderosas (patrícios) ficaram insatisfeitas com as medidas adotadas por esse rei etrusco em favor dos plebeus.
Para controlar diretamente o poder em Roma, os patrícios, que formavam o Senado, rebelaram-se contra o rei, expulsando-o estabelecendo uma nova organização política: a República.

REPÚBLICA ROMANA (509 a.C. a 27 a.C)
Novas instituições políticas e expansão militar
Com a instalação da República, os patrícios organizaram uma estrutura social e administrativa que lhes permitia exercer domínio sobre Roma e desfrutar os privilégios do poder. Eles controlavam quase a totalidade dos altos cargos da República, que eram exercidos por dois cônsules e outros importantes magistrados. Na chefia da República os cônsules eram auxiliados pelo Senado, composto por trezentos destacados cidadãos romanos. Havia, ainda, a Assembléia dos Cidadãos, manobrada pelos ricos patrícios.
Conflitos entre Patrícios e Plebeus
Embora os plebeus constituíssem a maioria da população, eles não tinham direito de participar das decisões políticas. Tinham deveres a cumprir: lutar no exército, pagar impostos etc.
A segurança de Roma dependia de um exército forte e numeroso. Os plebeus eram indispensáveis na formação do exército, uma vez que constituíam a maior parte da população.
Conscientes disso e cansados de tanta exploração, os plebeus recusaram-se a servir o exército, o que representou duro golpe na estrutura militar de Roma. Iniciaram uma longa luta política contra os patrícios, que perdurou por mais de um século. Lutaram para conquistar direitos, como o de participar de decisões políticas, exercer cargos da magistratura ou casar-se com patrícios.
Conquistas da Plebe
Para retornar ao serviço militar, os plebeus fizeram várias exigências aos patrícios e conquistaram direitos. Entre eles a criação de um comício da plebe, presidido por um tribuno. A pessoa do tribuno da plebe seria inviolável, pessoa protegida contra qualquer violência ou ação da justiça. Ela teria também poderes especiais para cancelar quaisquer decisões do governo que prejudicassem os interesses da plebe.
Outras importantes conquistas obtidas pela plebe foram:
Lei das Doze Tábuas (450 a.C) – Juízes especiais (decênviros) decretariam leis escritas válidas para patrícios e plebeus. Embora o conteúdo dessas leis fosse favorável aos patrícios, o código escrito serviu para dar clareza às normas, evitando arbitrariedades;
Lei Canuléia (445 a.C.) – autorizava o casamento entre patrícios e plebeus. Mas na prática só os plebeus ricos conseguiam casar-se com patrícios.
Eleição dos magistrados plebeus (362 a.C.) – os plebeus conseguiram, lentamente, ter acesso a diversas magistraturas romanas. Em 336 a.C., elegeu-se o primeiro cônsul plebeu, era a mais alta magistratura;
Proibição da escravidão por dívidas – por volta de 366 a.C. foi decretada uma lei que proibia a escravização de romanos por dívidas ( muitos plebeus haviam se tornado escravos dos patrícios por causa de dívidas). Em 326 a.C., a escravidão de romanos foi definitivamente abolida.
As diversas conquistas da plebe, entretanto, não beneficiaram igualmente a todos os membros da plebe. Os cargos políticos e os privilégios ficaram concentradas nas mãos da nobreza plebéia, que passou a desprezar o homem pobre da plebe da mesma maneira que um elevado patrício.
Conquistas Militares e expansão territorial
A luta política entre patrícios e plebeus não chegou a desestabilizar o poder republicano. Prova disso é que a República romana expandiu notavelmente seu território através de várias conquistas militares.
Primeiramente, o domínio completo da península itálica. Mais tarde, tiveram inicio as guerras contra Cartago ( cidade no norte da África), conhecidas como Guerras Púnicas . Posteriormente veio a expansão pelo mundo antigo.
Guerras Púnicas ( 264-146 a.C.) – a principal causa das guerras púnicas foi disputa pelo controle comercial do Mediterrâneo. Quando os romanos completaram o processo de conquistas da península Itálica, Cartago era uma próspera cidade comercial que possuía colônias no norte da África, na Sicília, na Sardenha e na Córsega. Era, portanto, uma forte concorrente dos romanos . Para impor sua hegemonia comercial e militar na região do Mediterrâneo, os romanos precisavam derrotar Cartago. Após batalhas violentas, desgastantes e com duras perdas, os romanos conseguiram arrasar Cartago em 146 a.C.
Hanibal

Expansão pelo mundo antigo – eliminando a rival ( Cartago), os romanos abriram caminho para a dominação de regiões do Mediterrâneo ocidental (Macedônia, Grécia, Ásia Menor). O mar mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos que o chamavam de mare nostrum ( nosso mar).
Conseqüências das conquistas militares
As conquistas militares acabaram enriquecendo Roma. O estilo de vida romano, antes simples e modesto, evoluiu em direção ao luxuoso, ao requintado, ao exótico. A elevação do padrão e do estilo de vida refletia-se na construção das casas, no vestuários e na alimentação das classes dominantes. Mas o luxo e a riqueza eram privilégios de uma minoria de patrícios e plebeus ricos.
No plano cultural, as conquistas militares colocaram os romanos em contato com a cultura de outras civilizações. Nesse sentido, deve-se destacar a grande influência dos gregos sobre os romanos.
A sociedade também sofreu transformações. Os ricos nobres romanos, em geral pertencentes ao Senado, tornaram-se donos de grandes latifúndios, que eram cultivados pelos escravos. Obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressaram a Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver, passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram para a cidade, engrossando a massa de desocupados pobres e famintos.
Crise e fim da Republica
O aumento da massa de plebeus pobres e miseráveis ornava cada vez mais tensa a situação social e política de Roma. A sociedade dividia-se em dois grandes pólos. De um lado, o povo e seus líderes, que reivindicavam reformas sociais urgentes. De outro a nobreza e grandes proprietários rurais.
A reforma de Graco
Diante do clima de tensão, os irmãos Tibério e Caio Graco, que eram tributos da plebe, tentaram promover uma reforma social (133-132 a.C.) para melhorar as condições de vida da massa plebéia. Entre outras medidas, propuseram a distribuição de terras entre camponeses plebeus e limitações ao crescimento dos latifúndios. Sofreram então forte oposição do Senado e acabaram assassinados a mando dos nobres, que se sentiram ameaçados pelo apoio popular que os irmãos vinham recebendo. Fracassadas as reformas sociais dos irmãos Graco, a política, a economia e a sociedade romanas entraram num período de grande instabilidade.
A transição para o império
Com o agravamento da crise, tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente, em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principais acontecimentos desse processo destacam-se:
Em 107 a.C., o general Caio Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército, instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados. Em 82 a.C., o general Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um governo ditatorial.
Em 79 a.C., Sila foi forçado a deixar o poder. Em 60 a.C. estabeleceu-se o Primeiro Triunvirato, formado por Crasso, Julio César e Pompeu. Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre Pompeu e Julio César. César saiu vitorioso e tornou-se ditador supremo de Roma.Promoveu, durante o seu governo, diversas reformas sociais para controlar a situação. Em 44 a.C. foi assassinado por uma conspiração organizada por membros do Senado.
Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo Triunvirato, composto por Marco Antonio, Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os três: Lépido ficou com os territórios africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da política; Otávio ficou responsável pelos territórios ocidentais; e Marco Antonio assumiu o controle dos territórios do Oriente. Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco Antonio, que se apaixonara pela rainha Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado que Marco Antonio pretendia formar um império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio dos romanos para derrotá-lo. Assim, tornou-se o grande senhor de Roma.

O Império Romano

Apogeu e queda de Roma
A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de augusto, e o de imperador. Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma. Mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas(Senado, Comício Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo na aparência.
Alto Império ( 27 a.C. - 235 d.C):
O alto império foi a fase de maior esplendor desse período.
Durante o longo governo de Otávio Augusto ( 27 a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais administrativas foi realizada. Roma prosperou economicamente. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e segurança, conhecido como Pax Romana.
Após a morte de Otavio Augusto , o trono romano foi ocupado por vários imperadores, que pode ser agrupados em quatro dinastias:
Dinastia dos Julios-Claudius (14-68): Tibério, Calígula, Claudio e Nero;
Dinastia dos Flávios (69-96):Vespasiano e Domiciano;
Dinastia dos Antoninos (96-192) – Nerva, Trajano, Adriano, Marco Arélio, Antinino Pio e Cômodo.
Dinastia dos Severos (193-235): Sétimo, Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.
Baixo Império (235-476)
O baixo império corresponde à fase final do período imperial. Costuma ser subdividido em:
Baixo Império pagão (235-305) – período em que dominava as religiões não-cristãs. Destacou-se o reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do enorme império entre quatro imperadores (tetrarquia) para facilitar a administração. Esse sistema de governo, entretanto não se consolidou.
Baixo Império Cristão (306-476) – nesse período, destacou-se o reinado de Constantino, que através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Consciente dos problemas de Roma, Constantino decidiu mudar a capital do império para a parte oriental. Para isso remodelou a antiga Bizâncio ( cidade fundada pelos gregos) e fundou Constantinopla, que significava "cidade de Constantino"
Crise do Império Romano
O Baixo Império foi sendo corroído por uma longa crise social, econômica e política. Entre os fatores que contribuíram para essa crise, destacam-se:
Elevados gastos públicos para sustentar a imensa estrutura administrativa e militar;
Aumento dos impostos para custear as despesas do exército e da burocracia administrativa;
Crescimento do número de miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses;
Desordens sociais e políticas provocadas por rebeliões tanto das massas internas quanto dos povos submetidos.
Agravando ainda mais essa situação social e econômica, os romanos tiveram de enfrentar a pressão dos povos bárbaros. Chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatiam.

Divisão e Declínio do Império e Invasão Bárbara



Com a morte de Teodósio, em 395, o grande império Romano foi dividido em Império Romano do Ocidente, com sede em Roma; e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.
A finalidade dessa divisão era fortalecer cada uma das partes do império para vencer a ameaça das invasões Bárbaras. Entretanto, o Império Romano do Ocidente não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques dos povos bárbaros.
Os bárbaros tinham exército eficientes, que contavam com soldados guerreiros, coesão interna das tropas e armas. Apesar de rudes, os bárbaros exibiam ideal e vigor. Roma, por sua vez, mostrava-se corrompida pela discórdia, pela indisciplina no exército e pela falta de entusiasmo das populações miseráveis. É por isso que cerca de quinhentos mil bárbaros conseguiram desestabilizar o um império com mais de oitenta milhões de pessoas.
Em 476, o ultimo imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi deposto por Odoacro, rei do hérulos, um dos povos bárbaros.
Quanto ao Império Romano do Oriente, embora com transformações, sobreviveu até 1453, ano em que os turcos conquistaram Constantinopla.