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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ARTE ROMANA



ARTE ROMANA 



A arte romana se destacou entre os século VIII a.C. ao IV d.C., sendo fortemente influenciada pela cultura e pelas crenças gregas. Um exemplo disso é a própria mitologia romana, muito parecida com a mitologia grega.
De fato, a sociedade romana era muito cosmopolita e aberta, o que permitiu a incorporação de certos elementos gregos, como os estilos jônio, dórico e coríntio; e etruscos, como o arco e a abóbada. Entretanto, não podemos dizer em hipótese alguma que a arte romana foi uma mera cópia. Entre suas principais características, podemos citar a idéia de energia, força, realismo e grandeza material.
Sua maior expressão e significação histórica encontra-se na arquitetura marcada por edificações grandiosas, fundamentadas em bases circulares e no emprego de colunas e arcos falsos para efeito de decoração. Os aquedutos, as entradas e as muralhas ainda hoje são vistos no continente europeu, demonstrando a imponência que traduziu, através dos tempos, a grandeza do que foi a civilização romana.

Os romanos preocuparam-se com o caráter funcional e prático de sua arquitetura. Houve, por isso, uma combinação harmônica entre a beleza e a utilidade nas mais variadas edificações como: teatros, basílicas, templos religiosos, palácios, estradas e pontes que interligaram as mais diversas regiões do império, facilitando o trânsito de pessoas e o tráfego de mercadorias para outras regiões.

Para além deste edifício de carácter público, os romanos desenvolveram várias tipologias residenciais, como o palácio, a domus e a villa, que atingiram neste período um altíssimo nível de conforto.
A villa ou domus eram as residências dos altos funcionários e das famílias nobres do império. Derivadas da tipologia etrusca, estas habitações voltavam-se para o interior, organizando-se simetricamente em torno de um pátio e eram geralmente rematadas por um jardim murado. A mais notável villa construída no período romano foi o grande palácio de Adriano, em Tivoli, iniciado em 118 d. C. Em Portugal conservam-se alguns vestígios de villae romana, de entre os quais se destaca o conjunto de casas de Conímbriga.
Nas grandes cidade era frequente a existência de edifícios de habitação coletiva com comércio no piso térreo, chamados insulae.
De entre as grandes construções de engenharia erguidas pelos romanos destacam-se, pelo seu nível de desenvolvimento técnico, as pontes e os aquedutos, geralmente formados por vários níveis de arcadas, como se observa no aqueduto de Pont du Gard, construído próximo da cidade francesa de Nîmes.

Artes plásticas
A escultura romana partiu dos modelos gregos, infinitamente copiados e difundidos por todo o império, sendo geralmente utilizadas como ornamento de edifícios.Dois dos mais interessantes exemplos de associação da escultura com estruturas arquitetónicas são o Ara Pacis e as Colunas de Trajano. O altar Ara Pacis, erguido entre 13 a 9 a. C., para comemorar a pax romana de Augusto, apresentava planta quadrangular e era encerrado por paredes em mármore, revestidas por baixos-relevos que misturavam elementos ornamentais gregos com cenas figurativas.
As colunas historiadas, comemorativas de campanhas militares, erguidas em 113 d. C. no centro de Roma pelo imperador Trajano, eram integralmente revestidas por relevos historiados em espiral, formando um friso contínuo.Para além destas esculturas de caráter monumental, uma das mais originais criações romanas no campo da estatuária foi o retrato. Contrariando a perfeição ideal dos gregos ou a estilização dos egípcios, os retratos romanos procuravam maior naturalismo e individualização das personagens representadas através da identificação dos traços mais específicos do modelo. Durante o período imperial assistiu-se a uma maior idealização da representação, como o atesta o retrato de "Augusto de Prima Porta" (executado no século I a. C.).
Para além da pedra, os romanos desenvolveram alguns trabalhos em bronze, dos quais se destaca a notável estátua equestre do imperador Marco Aurélio em bronze dourado, erguida em Roma no Capitólio.
Em termos pictórico, os romanos desenvolveram trabalhos muito variados, baseados em duas técnicas fundamentais: a pintura mural e o mosaico.
As pinturas murais eram aplicadas sobre as paredes interiores dos edifícios (geralmente residências privadas) e apresentavam características como a procura de realismo, o desejo de representar a profundidade para dar ilusão de realidade, a associação de painéis figurativos com molduras, frisos e cornijas que simulavam estruturas arquitetônicas.
Os mosaicos, aplicados em pavimentos, podiam assumir caracteres abstratos ou figurativos, sendo frequente a integração de elementos figurativos com motivos geométricos. Embora denunciem certa preferência pelas naturezas mortas com animais ou vegetais, os artistas romanos representavam também episódios mitológicos. Os mosaicos da Casa do Repuxo, de Conímbriga constituem um dos mais significativos conjuntos de mosaicos conservados em território português.

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