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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CIVILIZAÇÃO CLÁSSICA (05): PERÍODO CLÁSSICO


O Período Clássico é marcado pela guerra contra os persas e a consequente hegemonia  de Atenas e o domínio Espartano, a partir de 404 a.C., após o fim da Guerra do Peloponeso.
Em termos de política externa verifica-se a ascensão do Império Persa Aquemênida quando Ciro II conquista o reino dos Medos. O Império Aquemênida prossegue uma política expansionista e conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor. Atenas e Erétria apoiam a revolta das cidades gregas contra o domínio persa, mas este revela-se insuficiente já que os Jônios são derrotados: Mileto é tomada e arrasada e muitos Jônios decidem fugir para as colônias do Ocidente. O comportamento de Atenas irá gerar uma reação persa uma das causas  das Guerras Persas (490-479 a.C).
Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas de Dario I, que já tinham destruído Erétria. O encontro entre atenienses e persas ocorre em Maratona, com a vitória dos primeiros, apesar de estarem em desvantagem numérica.
Dario prepara a desforra, mas falece em 485 a.C, deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que invadiu a Grécia em 480 a.C. Face a invasão, os gregos decidem esquecer as diferenças entre si e estabelecem uma aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar. As forças espartanas lideradas pelo rei Leônidas I conseguem temporariamente bloquear os persas na Batalha das Termópilas, o que  não impede a invasão da Ática. O general Temístocles optou por evacuar a população da Ática para Salamina e, sob seu comando, Atenas vence os persas. Em 479 a.C. os gregos reafirmam a sua vitória na Batalha de Platéias. A frota persa foge para o Mar Egeu, onde, em 478 a.C., é vencida em Mícale.
Com o fim das Guerras Persas, e devido a sua atuação decisiva no conflito, Atenas, sob a liderança do lendário Péricles, torna-se uma cidade poderosa que passa a intervir nos assuntos do mundo grego. Esparta e Atenas distanciam-se e tornam-se rivais, encabeçando cada um delas uma aliança política e militar: Esparta a Liga do Peloponeso; Atenas a Liga de Delos, composta essencialmente por estados marítimos que encontravam-se próximos do Mar Egeu, que temiam uma nova investida persa. O centro administrativo da liga era a ilha de Delos.
Como já foi dito, as décadas posteriores às guerras greco-pérsicas marcaram o apogeu político e cultural da pólis  Ateniense. Além do estabelecimento de um dos mais duradouros padrões de beleza artística, eles nos legaram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de Heródoto  e  Tucídides e um sistema político original,  democracia  (literalmente, "o poder do povo"), talvez a maior de todas as contribuições.

Os interesses dos dois grupos logo entraram em choque e os aliados de Esparta e os aliados de Atenas enfrentaram-se numa longa e desgastante guerra, conhecida entre nós por Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.). A disputa, finalmente vencida pelos espartanos, acarretou a perda de quase todo o poderio político e financeiro que Atenas havia adquirido nos anos anteriores.

O século IV a. C. começou com um curto período de hegemonia espartana, concomitante a um hesitante renascimento ateniense, a que se seguiu um período igualmente curto de hegemonia tebana. Atenas, porém, manteve sua importância cultural: esse foi o século de Platão, Aristóteles e Demóstenes.
Quando as póleis se deram conta, a partir de 350 a.C., da progressiva intromissão do rei Felipe II da Macedônia nos assuntos gregos, era tarde demais: em 338 a.C. o exército macedônico pôs fim à autonomia das póleis helênicas. Após a morte do rei, um ano depois, seu filho Alexandre III ("o grande") subjugou o Egito, o Oriente Médio e o Império Persa em menos de quinze anos, com um exército de macedônios... e de gregos.

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